quarta-feira, abril 30, 2008
Mais fotos da fisioterapeuta Janaína Naleagaca, manequim 46!
|
|
O ano em que fui carioca
Por Adriano Silva
Quem nunca sonhou em morar no Rio? Pois eu realizei esse sonho! E, durante o tempo em que vivi lá, aprendi a amar a cidade. Mas com o distanciamento do olhar de estrangeiro. Isso me permitiu perceber que há mitos sobre o Rio que se confirmam. E outros que não têm nada a ver
Sou gaúcho: nasci em Porto Alegre. Também sou paulistano da gema: moro há mais de dez anos em São Paulo. E Kyoto, no Japão, é igualmente minha hometown: vivi três anos lá. Ano passado, realizei o sonho de quase todo brasileiro: morei no Rio. E no Leblon, o bairro mais charmoso do Brasil. Pegava praia com meus filhos pequenos diante do olhar majestoso do morro Dois Irmãos -que já mereceu uma linda música do Chico Buarque. E fazia tudo a pé, sem pegar carro. Mais do que um lugar, o Rio é uma entidade mítica que mora na alma da gente. Trata-se de uma cidade aspiracional. E cheia de mitos. Mas será que são verdade? Eis o que tenho a declarar.
1. Cariocas têm o sotaque mais gostoso do Brasil
Ou, pelo menos, o maish manêro. Os cariocas, como os franceses, saboreiam a língua que falam, salivam sobre o que dizem, mastigam as palavras. Têm imenso prazer em conversar. Ou melhor: em falar. Ou, melhor ainda: em se ouvir. E têm razão nisso. Todo carioca é um orador nato. Do taxista ao vendedor de mate na praia. Todos são excelentes prosadores. Falam com ritmo, charme, suingue. Têm humor, ênfase, emprestam autoridade a qualquer coisa que digam. São grandes sedutores: têm o talento de levar na lábia, de ponderar do jeito certo, de convencer.
O sotaque nordestino também é delicioso. O sotaque mineiro também é um bijuzim. Só que os nordestinos, como os mineiros, ao contrário dos cariocas, parecem não ter consciência disso. Não se curtem desse jeito quase onanístico. A auto-estima do carioca e a celebração que ele faz de si mesmo são prodígios a serem comemorados.
2. Cariocas falam alto
Às vezes, nas ruas e nos bares do Rio, você acha que duas pessoas estão brigando, a um passo da agressão física, e elas estão, na verdade, concordando. Em várias rodas, quem quiser ser ouvido precisa colocar a voz no volume máximo. É preciso ganhar no grito o direito de dizer alguma coisa. Minha tese é que isso é culpa da praia. Na areia, o som do mar e da balbúrdia ao redor exige que o sujeito imposte a voz como se estivesse num auditório -mesmo estando a um metro e meio do interlocutor. Então, no Rio, guarde a polidez e a sutileza no bolso e comece as frases dando um dó-de-peito.
3. Cariocas têm corpos esculturais
O Rio, segundo uma revista masculina inglesa, é o lugar com a maior concentração de corpos perfeitos por metro quadrado no mundo. É verdade: há abdominais desenhados, pernas bem torneadas e peitorais definidos a granel. Dá certa vergonha ao visitante tirar a camisa no calçadão de Ipanema. Claro que também existem cariocas barrigudos, pelancudos. E o bacana é que eles não estão nem aí: perambulam pelados com grande tranqüilidade, exercendo o direito à nudez de suas polpas.
O corpo significa toda uma outra coisa no Rio. A exposição coletiva de intimidades, o encontro social na praia, todo mundo meio pelado, é um acordo tácito e histórico a respeito do que virilhas, pêlos e sovacos significam. No Rio, você é íntimo do desconhecido -afinal, ele está vendo o seu umbigo e você, o dele. Numa cidade como Curitiba ou Belo Horizonte, o acesso visual ao umbigo de alguém é um processo lento e rigoroso.
Entre todos os espécimes à exposição na orla e na Lagoa, há dois tipos de corpos que só existem no Rio. Primeiro, as mulheres portentosas. Várias curvas femininas cariocas desafiam a física. Minha teoria: a existência dessas bundas e coxas requer muitas horas de samba em cima de um salto plataforma. Segundo fenômeno: os octogenários com saúde de trintões que jogam vôlei horas a fio na praia debaixo de um sol abrasador. Há uma terceira-idade hiperatlética no Rio que só se explica pelo fato de que, aqui, estar saudável é uma obrigação. Fazer atividade física é uma convenção social. Sedentários são gente solitária no Rio. São relegados à turma dos sem-graça. De fato, a cidade convida você, a todo momento, a sair de casa e, se me permitem, fazer amor com ela.
O Rio é absolutamente sensual. Se fosse mulher, seria uma fêmea de relevos fascinantes e fendas irresistíveis.Nenhuma outra cidade convive tão bem com uma sunga como o Rio. Em nenhum outro lugar do mundo se veste um biquíni com tamanha naturalidade. Pés descalços tiram a honra de qualquer um em qualquer cidade civilizada do planeta -menos no Rio. O carioca vai ao supermercado em traje de banho e vai ao restaurante com o cabelo cheio de areia e sal -tudo na maior naturalidade. Essa descontração e essa cultura da pouca roupa resultam numa moda praia imbatível. Que só não virou mania global ainda pela auto-suficiência dos cariocas e pelo relativo desinteresse deles no que fica para lá do túnel Rebouças. Afinal, do Leme ao Pontal, não há nada igual -no mundo. Um fato. Por que sair daqui? O resto do guarda-roupa do carioca, no entanto, ganha nota baixa. De modo geral, a turma se veste mal. Especialmente quando não é verão. A impressão que dá é de que aquela tal deselegância discreta se mudou para cá.
4. O Rio tem cultura própria
E é uma das poucas cidades do mundo que pode dizer isso de si mesma. O Rio tem a cultura solar da água de coco na praia, a noturna do chope e da boemia no boteco, do café-da-manhã na calçada, da comida natural nas lojas de suco de fruta -o verdadeiro fast-food carioca. Tem a estrondosa, multicolorida e influente cultura das favelas. Tem a nostalgia vivíssima daquele Rio mágico e romântico de outros tempos. O Rio tem dialeto, produção musical, jeito de dançar, de vestir e de falar próprios. Os cariocas têm orgulho disso -e com razão. No entanto, ainda se importam demais com São Paulo, como se guardassem um certo ressentimento da paulicéia.
5. Cariocas são os mais brasileiros entre nós
No Rio, todo mundo se conhece. Não há anonimato na Zona Sul da cidade. E todo mundo é filho de alguém. Para os cariocas, as conexões familiares são fundamentais. E a patota é tudo. Não é fácil entrar na turma, obter um visto de pertencimento. Você não é hostilizado abertamente por ser estrangeiro. É recebido com simpatia -o carioca é um simpático obsessivo. Você até consegue ser admitido no grupo, mas só até certo ponto. Depois dessa risca leva tempo, exige um baita rito de transformação. E às vezes simplesmente não rola. Eles decidem que você vai ficar de fora da panela e ponto.
Uma amiga me diz que a sociedade carioca descende da corte portuguesa, de um passado de capital do Império. Donde o carioca ter uma alma de barnabé e uma relação meio incestuosa com o poder. Outro amigo me conta que a famosa Zona Sul é uma dúzia de famílias que convivem juntas há mais de um século. Donde os relacionamentos e os sobrenomes valerem tanto no Rio. São Paulo, segundo um terceiro amigo, seria a antítese disso, ao descender de uma cultura de imigrantes que chegaram ao país sem pedigree e, muitas vezes, sem um tostão. Por isso, ao contrário do Rio, São Paulo valorizaria muito mais a meritocracia do que a tradição, muito mais o talento do que as conexões.
6 . O Rio é caro
Tirando táxi, o resto --restaurante, roupa, colégio, estacionamento-- não deve nada ao alto custo de vida paulistano. Não há pão francês no Rio. Nem aquela cultura de padocas de São Paulo. Em compensação, a maioria dos cinemas tem lugar marcado! A cultura teatral é intensa: em que outra capital você vê peças sendo anunciadas em anúncios no vidro traseiro dos ônibus? Mandioquinha se chama batata-baroa. Feijão é o preto, como no rincão onde me criei. No Rio também não tem essa de, num bufê, servir primeiro as saladas e depois os pratos quentes. É tudo junto na mesma pratada. E as pessoas, inacreditavelmente, deixam suas bandejas sujas para trás nas mesas das praças de alimentação dos shoppings. E restos de comida e bebida nas poltronas do cinema. Jogar o lixo no lixo não parece ser o forte da cidade. A começar pela areia -e, tristemente, pelas águas- da praia. Ah, sim: loira é loura e bolacha é biscoito.
7. O Maracanã é o estádio mais gostoso do mundo
E o Jardim Botânico, onde Tom Jobim ia assobiar com os passarinhos, é um lugar mágico. O Rio tem dias perfeitos. Mas também tem dias frios -verdade! A luminosidade é intensa: só no Rio existe uma cortina chamada 'blecaute', que é para barrar o sol quando ele nasce rachando e vem devassar o quarto da gente ainda de madrugada. Carioca adora ler jornal. E pára muito em fila dupla, em cima da faixa, em qualquer lugar. Para não falar no hábito inacreditável de estacionar em cima da calçada!
8. Cruzar com celebridades é uma rotina no Rio
O Rio que fica perto do mar tem um ar e uma cordialidade de cidade do interior. Ali, as pessoas parecem desconfiar menos umas das outras e se sentem seguras para abrir informações de sua vida pessoal na fila do banco ou do supermercado. Ao mesmo tempo, o Rio é um lugar cosmopolita, onde você cruza com gente de todo lugar do planeta. E onde você cruza toda hora com celebridades à paisana, tão à vontade que você as trata como se fossem figuras corriqueiras, como se fossem seus vizinhos -o que elas de fato são. Eu, por exemplo, correndo o risco de ser corroído pela sua inveja, confesso que participava de uma pelada com Rodrigo Santoro e malhava ao lado do Gianecchini na academia.
9. O Rio tem dois milagres
Um, o samba no pé. Uma impossibilidade para mim e para outros bilhões de seres humanos. O segundo, o futevôlei. Qualquer menina-moça tem uma habilidade ridícula com a bola. Os melhores boleiros do resto do Brasil, a começar por mim mesmo -pergunte ao Santoro!- não resistem a um minuto de futevô-lei. É preciso ser carioca para dar passe de peito...
Enfim, Rio: muito obrigado. A gente ainda se vê.
(da Revista Marie Claire)
Foto: Kiko Ferrite
terça-feira, abril 29, 2008
Aprenda a preparar o drinque Cosmopolitan
Uma receita fácil da bebida favorita das protagonistas de Sex and the City, sugerida por Tarcísio Ramalho, bartender do Astor, em São Paulo
Gabriella Galvão | Foto Mauro Holanda
Ingredientes
30 ml de suco de cranberry (encontrado nos grandes supermercados ou em lojas de bebidas)
50 ml de vodca, preferencialmente sabor laranja
20 ml de licor de laranja (Cointreau)
5 gotas de suco de limão
Tirinha de casca de laranja para decorar
Modo de preparo
Em uma coqueteleira, bata todos os ingredientes (menos a casca de laranja) numa coqueteleira e agite. Transfira a bebida para um copo de short drink (geralmente usado para dry martini) previamente gelado. Torça a casca de laranja, coloque-a dentro do drinque ou na lateral do copo e sirva.
Receita retirada da Revista Cláudia
Eu sei que eu sou suspeita para falar porque vocês já sabem que sou leitora assídua das revistas Cláudia e Marie Claire, mas as edições deste mês estão imperdíveis! Nem li todas as matérias que me interessam hoje só pra ler no lanche do final da tarde de amanhã (sim, eu guardo matérias pra ir curtindo ao longo da semana, adoooooro!!!). Tem também uma matéria super legal sobre minha série predileta que este ano estréia em filme: Sex and the city!!!!
Peguei alguns links das páginas da revista na internet pra vocês darem uma olhada:
Moda chique e sexy para gente como a gente, que veste 44 e 46
Se você pensa que tendências fashion só funcionam nas modelos magérrimas, vai se surpreender. Convidamos duas mulheres exuberantes para provar a equação do bem-vestir: saber explorar suas formas e definir um estilo. Resultado: a moda está aí para todas nós.
http://claudia.abril.com.br/materias/2836/?pagina1&sh=32&cnl=38&sc=
SEX AND THE CITY: o retrato de uma época sai da TV para o cinema
http://claudia.abril.com.br/materias/2827/?sh=31&cnl=31
Tem também uma matéria com mulheres que saíram na night usando camisetas com mensagens polêmicas tipo: "tive 3 orgasmos hoje" e "topo sexo a três" que renderam boas histórias e várias cantadas, claro...
O escritor Adriano Silva escreve na Cláudia sobre verdades e mentiras sobre os cariocas. Adoro o Adriano Silva. Foi ele quem escreveu um texto lindo que se chama "Morro de Saudade" na revista Vida Simples. Achei bacana ver o ponto de vista de um "não carioca" falando de como nós somos. Uma espécie de mitos e verdades. A única coisa que ele errou é que o cinema aqui não tem lugar marcado não senhor. E sim, a cidade é bem sensual, além de linda, como as moças daqui...
Na revista Cláudia também gostei do relato emocionado, embora muito triste, do marido da ex senadora Ingrid Betancourt, que está sequestrada pela organização criminosa, as Farc, desde 2002 na Colômbia. Desde então, apesar de triste e amargurado, seu marido tem esperanças de revê-la. Ele teme que, se voltar um dia, ela não ame mais o homem em que ele se transformou depois de anos de sofrimento com essa tragédia, mas luta para um dia poder abraçar o amor de sua vida. Me tocou muito.
Por último na Marie Claire há o relato angustiado de um marido sem sexo. Sim, isso mesmo. Ele é casado há anos, ama a esposa e a moça não nunca quer trepar. O máximo que rola é uma vez ao mês, quando acontece...
Vou ler essa matéria amanhã e logo postarei algo sobre o assunto. Comprem a Cláudia (Giovana Antonelli na capa) e Marie Claire (Gisele Bunchen) que estão ótimas!
segunda-feira, abril 28, 2008
Nei sei direito explicar o que é o Polyvore. Só sei que é uma rede maravilhosa, um mundo de cores e imagens incríveis, sobre tudo que vocês possam imaginar! Entrem para conhecer!!!!
Esta belezura aí abaixo fui eu que montei. Entrem no Polyvore e me digam o que acharam da ferramenta.
beijos nas blogueiras queridas!
Julia :)
quinta-feira, abril 24, 2008
DICA IMPERDÍVEL DA SEMANA: SHOW DA CANTORA MARCELA MANGABEIRA
Gente bloguista carioca, ou pra quem estiver no Rio! Dia 29 de abril minha muito amada amiga e talentosa Marcela Beatriz (eu queria ter esse nome de DIVA!!! É inveja boa, amiga!!!), conhecida no Brasil e no Japão como Marcela Mangabeira, vai apresentar seu show no Mistura Fina pra alegria de seus fãs, incluindo eu!!!
Ela canta muitíssimo bem, tem carisma e é linda!!!
Marcela Mangamangaba Mangabinha ARRASAAAAAAAA!!!!! Não percam!
MISTURA FINA- Avenida Rainha Elisabeth, 769, Ipanema. tel (21) 2523-1703
terça, 29 de abril, às 21h30
quarta-feira, abril 23, 2008
Meu olhar de mim mesma.
Fotos das pulseiras, Julia por Felipe e Julia por Julia de 21 de abril de 2008.
terça-feira, abril 22, 2008
Pulseiras pulsantes
Gente pulsante também podia ser gente pulseira
Pulseiras pulsam junto com o pulso
Mede o pulso pra ver se não está pulsando
Eu adoro enfeites, anéis, berloques, pulseiras
Adoro pulseiras pulsantes, não gosto de jóia mas gosto de acrílico brilhante, muito brilhante.
Brilhante que nem pulseira de pulso pulsante
Pulsa na poesia e bebe gotas de pulsatilla na lua minguante
Minha poesia é tola mas o que importa é o círculo de amor e de energia de minhas pulseiras pulsantes
Julia Pulseira Pulsante
MARILYN ÚLTIMAS SESSÕES
Comecei a ler ontem e estou adorando!
O que teria acontecido nos trinta meses em que o Dr. Ralph Greenson e Marilyn Monroe foram tomados pela loucura passional de uma psicanálise que ultrapassou os limites?
A história do maior símbolo sexual de todos os tempos com seu último psicanalista é o tema deste premiado romance do psicanalista e crítico literário Michel Schneider. Ao misturar fatos reais com situações imaginadas, que podem ou não ter acontecido, o escritor procura desvendar a relação da estrela de Hollywood com o americano de origem judaica Ralph Greenson, durante um tratamento nada ortodoxo encerrado com o suicídio da atriz aos 36 anos, no dia 5 de agosto de 1962.
sábado, abril 19, 2008
Resíduo - Carlos Drummond de Andrade
De tudo ficou um pouco.
Do meu medo. Do teu asco.
Dos gritos gagos. Da rosa ficou um pouco.
Ficou um pouco de luz captada no chapéu.
Nos olhos do rufião de ternura ficou um pouco
(muito pouco).
E de tudo fica um pouco.
Oh abre os vidros de loção e abafa o insuportável mau cheiro da memória.
Amo esta poesia do Drumond. O verso que está sublinhado é o meu predileto.
sexta-feira, abril 18, 2008
MULHERES DE CARNE E OSSO
Então, não sei se vocês concordam, mas há muito tempo que eu reparo que na mídia (TV, revistas de moda, em fotos de shoping e outdoors), e na própria internet, não há mulheres gordinhas "meio termo". O mundo está nefastamente dividido entre gordos e magros. Nas cenas de novela ou as mulheres são magras (umas mais outras menos) ou são aquelas gordas bem gordas mesmo.
Não tem as gordinhas "inhas" como eu e como algumas amigas minhas. Eu quase não tenho barriga mas tenho culote e um rosto arrendondado, braços gordinhos também e tal... e sei que muitas mulheres são assim porque eu vejo na rua. Muitas! Só que a mídia só mostra os extremos. Ou a sarada perfeita ou a obesa. E existe uma diversidade muito maior que não está representada. Isso faz com que a gente não se reconheça quando assiste a um programa ou quando vai à uma banca de jornal. Só que a gente existe! E eu quero me reconhecer no mundo.
Porque do contrário eu penso que estou fadada a estar em um time ou em outro: "ou fico magérrima ou viro uma baleia". Magérrima eu nunca serei porque minha constituição de pernas grossas e bunda avantajada não vai me permitir e eu nem quero, acho lindo ter bunda e coxa. Até quero emagrecer , sim, confesso... já estive 15 quilos a menos e continuei uma mulher fora dos padrões, mas fiquei mais leve, mais bonita, e mais saudável também.
Mas "magra magra" eu não vou ser nunca. Posso ser uma gordinha menos gordinha ou então comer muito e virar uma imensa, e isso eu não quero. Não acho bonito nem funcional, fora a questão da saúde que já comentei acima.
Outra coisa que todas já sabem mas preciso reafirmar: muitos homens adoram mulheres mais pra gordinhas... porque acham mais bonito ser assim e porque sentem mais tesão mesmo!!! Pronto! Falei! Só namorei homenas magros e todos sempre preferiram mulheres como eu. Meu namorado atual é gordinho e fazemos dieta juntos alternando com orgias gastronômicas! É delicioso e um ótimo afrodisíaco dividir o prazer da gula com quem se ama. É o primeiro namorado que eu tenho que realmente curte os sabores da boa mesa tanto quanto eu. Me sinto feliz demais com isso. Afinal o prazer de comer pra mim é fundamental.
ROUPAS ESTILOSAS E LINDAS PRA MULHERES REAIS
Estive procurando na internet mulheres com o mesmo biotipo que eu e encontrei uma estilista bárbara!! Ela fez um desfile em Milão, em fevereiro de 2007, e faz roupas para "gordinhas". Elena Mirò desenha modelos para mulheres normais e lindas! Eu amei e quero dividir com vocês nessas fotos este guarda-roupa variado e lindo!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
Assim podemos nos inspirar em como queremos nos vestir. De certo que existem alguns tipos de roupa no mundo fashion que não caem bem nas mais avantajadas: top com cinco camadas de gordura para fora não dá. Queremos estilo, conforto e sofisticação sem que as vestimentas sejam um saco de batata de tão largas ou que fique faltando pano.
A página da Elena está entre os meus links! Vou colocar algumas fotos das modelos e em breve uma foto minha de corpo inteiro pra vocês verem!
Elena se empolgou em divulgar seu trabalho no grande circuito de moda depois que uma modelo brasileira morreu de anorexia no início do ano passado. Abalou Milão em chamas e foi um sucesso!!
GOSTOSAS, UNI-VOS!!!!!!!!!!!
quinta-feira, abril 17, 2008
HILDA: DUANE BRYERS RETRATA A MULHER COMUM A PARTIR DÉCADA DE 50
Gente, fiquei super feliz quando descobri uma Pin-Up como eu e como a maioria por aí! Com medidas um pouco fora do padrão, gordinha, fofa, e, não menos linda que as outras.
Além do "physique du rôle", outra diferença é que ela tem personalidade, e que personalidade! É decidida, adora descobrir novidades, é curiosa e ativa. Sai pra pescar, mergulha no mar, super aventureira, com seu cachorrinho, é alegre, divertida e um pouco estabanada. A-DO-RÁ-VEL!!!!!
Eu costumo brincar que estou na categoria das mulheres "chubby sexy". Tá. Tudo bem. Eu sei que eu sou metida, mas se eu não encontrar meu lugar no mundo e se eu não gostar de mim, fica menos prazerosa e divertida esta aventura que é estar no mundo.
Amei amei amei essa descoberta! Comentem!
Beijos em todos!
Julia :)
PIN ME UP!
No final do século 19, o teatro de revista vivia o seu auge e transformou dançarinas em estrelas, fotografadas para revistas, anúncios, cartões e maços de cigarros, mas foi somente na década de 40 que começaram a dominar não apenas a imaginação dos homens, mas também as portas dos armários e as paredes dos quartos de milheres de admiradores dessa nova onda de "sexualidade permitida".
Foi justamente esta a origem do nomo pin-up: o ato de pendurar as ilustrações em algum lugar. Mas há quem diga que há um trocadilho com a ereção masculina também.
Tanto que na Segunda Guerra Mundial eram carinhosamente chamadas de "a arma secreta", usadas para acalmar os anseios dos pracinhas nas frentes de batalha. Numa época em que mostrar as pernas era atitude subversiva, fotografias de mulheres nuas poderiam significar atentado ao pudor.
O jeito de satisfazer a solidão dos soldados e a curiosidade dos adolescentes era fabricar modelos de lápis e tinta, que reproduziam o padrão de beleza comsiderado ideal: seios fartos, pernas grossas, cinturinha de pilão.
Depois, com os avanços do cinema o termo pin-up acabaria se difundindo e transformando, passo a passo o que viria a ser em nossos dias, a grande indústria do sexo.
Desenhadas e fotografadas, as garotas invadiram o planeta com suas poses sensuais, porém, sem vulgaridade. Com formas generosas, elas não enfrentavam as presões da magreza nem a conseqüente anorexia. Elegantes, elas ocupavam seus espaços numa linhas entre o ingênuo e o diabólico, trajando duas peças, meias-calça e corpetes com decotes enormes.
O conceito clássico de uma pin-up é ser sexy e ao mesmo tempo inocente, estar vestida, mas em alguma posição ou situação que revele sensualmente partes do corpo, sem querer, por acaso.
Só isso já era suficiente para alimentar fantasia masculina. Uma verdadeira pin-up jamais pode ser vulgar ou oferecida, pode somente ser comvidativa.Nos anos 70, com a banalização do nu em revistas e filmes pornográficos, as meninas de papel perderam a força. Foram substituídas por mulheres de carne e osso. Mas desde o final da década de 90, as pin-ups voltaram a mexer com a libido masculina por resgatarem um importante elemento do fetiche: o mistério. Musas de várias gerações, as pin-ups ainda hoje são cultuadas por adoradores do estilo, além, é claro, de serem muitas vezes imitadas, afinal seão sempre uma ótima referência no mundo da moda, no cinema, nos traços, nos trejeitos e em tudo que diz respeito à sensualidade.
A musa loura ( Marylin Monroe) perdia em popularidade para a ruiva Rita Hayworth, a número dois na lista da preferência dos soldados da Segunda Guerra. Uma foto da eterna Gilda vestida com camisola transparente foi transformada em desenho e invadiu os acampamentos.
Nem Marilyn nem Hayworth, porém, conseguiram desbancar a lendária Betty Grable, a mulher que colocou suas pernas no seguro no valor de US$ 1 milhão. Ela foi a pin-up mais famosa da história posando de maiô com um sorriso convidativo, transformou-se na amante imaginária predileta dos soldados. Betty também foi atriz e chegou a protagonizar, em 1944, um filme chamado Pin-up Girl, na qual interpretava uma dançarina. O sucesso dos cartões e calendários estimulou editores a lançar revistas especializadas, as chamadas "girlie marazines". Publicações como "Esquire", "Yank", "Wink", "Beauty Parade", "Whisper" e "Eyful" exibiam pin-ups vestidas de coristas, marinheiras, enfermeiras e outros uniformes-fetiches, sejam desenhadas ou fotografadas . Embora as mais célebres sejam as garotas de papel, alguns fotógrafos dispensavam os retoques da pintura e publicavam suas pin-ups em carne e osso.
Eu gosto de quase todos os ilustradores, mas os prediletos são Gil Elvgreen (Eua), Alberto Vargas (Peru) e Billy Devors.
quarta-feira, abril 16, 2008
I LOVE AMY
Por conta do grande número de cantoras que existem por aí, um antigo professor de canto costumava dizer que era preciso que eu encontrasse "minha identidade vocal", uma espécie de assinatura que quem me ouvisse cantar sacasse na hora que o timbre era meu. Achei bem bacana e pertinente.
Por essas coisas todas fiquei pensando nas cantoras que estão se sobressaindo por aí, e quem é que tem a tal "identidade vocal" mais forte, que é rapidamente indentificável, além de bonita, expressiva e com excelente técnica. A única que, pra mim, é realmente singular, que nem longe lembra ninguém, é sem dúvida a inglesa Amy Winehouse.
Eu lembro que a primeira que ouvi a voz dela foi assistindo um clipe no canal Multishow no quarto da minha mãe. Estávamos juntas assistindo TV e eu falei: "Mãe! Que mulher é essa! Que voz é essa?! Olha isso!!!" Mas ela não prestou muita atenção e disse: "Ah, mais uma Whitney Huston..." Mas eu fiquei com a tal "Amy" na cabeça e procurei saber mais.
Vibrei muito com o Grammy! Amy ganhou 5 prêmios e eu pulei muito, como há tempos eu não fazia. Torci como se fosse final de Copa do Mundo. Ela, por sua vez, meio acanhada, parecendo não entender porque era merecedora de tanta coisa boa. Isso me deu uma tristeza... vê-la meio magrela e abatida (provavelmente por conta das drogas) quase constrangida de estar ganhando.
Aí comecei a pensar no sucesso estrondoso que ela está fazendo e que deve ser muito difícil lidar com tantos holofotes vindo de direções diferentes. Sempre penso que talvez ela não segure a onda de estar no lugar que está . Outro dia vi uma foto dela na internet com o rosto muito depalperado. Nem a maquiagem escondia umas marcas grandes, parecendo umas feridas estranhas, provavelmente resultado de muita droga.
Minha questão nesse texto não é exatamente levantar bandeira contra o uso de drogas, embora eu não use e pense que seja a maior furada usar. Mas aqui não estamos falando de um baseado corriqueiro que às vezes pinta em roda de amigos, e sim das drogas mais dark como crack, cocaína, heroína (até onde se sabe), tudo regado a muita bebida. Minha bandeira é uma espécie de FREE AMY WINEHOUSE. O mais complicado é que , ao que parece, ela precisa se libertar de si mesma e de seus fantasmas.
Toda vez que penso nisso fico angustiada. Voltando ao uso de drogas desenfreado... a própria maconha, que muitos acham indefesa pra saúde não faz nada bem pras cordas vocais de quem canta, assim como o cigarrinho comum. Então, quando penso na maior cantora de todos os tempos dormindo pouco; se acabando bêbada e ensangüentada (de calcinha e sutiã) nas ruas de Londres; aos socos e pontapés com o namorado delinqüente, que ainda por cima ferra com o lado emocional dela, eu fico realmente mal.
Além da pressão do sucesso, acho que a Amy é um daqueles casos tristes e clássicos de baixa estima e extrema fragilidade emocional... dêem a opinião de vocês...
Viva Amy Winehouse e que ela saia do poço e prospere muito porque ela é uma cantora maravilhosa, uma voz de diamante!
Beijos em todos e até!
Julia :)
terça-feira, abril 15, 2008
ALONENESS
Ficar (bem) sozinho
Só, mas não solitário
Em inglês há um recurso lingüístico para entendermos essa sutileza. Recorrendo à língua de Shakespeare, encontramos duas palavras distintas: loneliness e aloneness. Parecem sinônimos, mas não são. Traduzindo, loneliness quer dizer exatamente solidão, a condição de estar isolado, desacompanhado, solitário, abandonado. É triste estar em loneliness! Já aloneness tem um sentido positivo significa que você está isolado, sim, mas porque você decidiu se isolar. Significa estar em companhia de si mesmo com algum objetivo nobre, como refletir, meditar, acalmar-se.
O interessante é que a primeira situação pode ser obtida independentemente de se estar ou não afastado de pessoas. O habitante de uma grande cidade, cercado por milhares ou até milhões de pessoas, pode estar no mais profundo estado de loneliness. É possível ser um solitário até convivendo e dormindo com outra pessoa que é o pior dos castigos. Na outra mão, buscar um estado de solidão voluntária, estar em aloneness, pressupõe dar um tempo nas relações, o que pode acontecer até dentro de casa, naquele momento em que você pede - e é entendido - para permanecer quieto, em seu canto.
A grande vantagem de estar só é a ausência de interferências. Quando estamos acompanhados, ainda que por apenas uma pessoa, nosso pensamento receberá, necessariamente, a influência do pensamento do outro. E isto é bom, pois as interações ampliam os conceitos, aumentam a compreensão, enriquecem a cultura, esclarecem as dúvidas. Até aí, tudo bem, mas que é necessário interromper a ligação um pouco, para decantar as idéias, ninguém questiona. O poeta indiano Rabindranat Tagore, ganhador de Nobel, disse, a respeito de estar só: “Nunca ninguém se perdeu; tudo é verdade e caminho”. Para o poeta pensador, estar só é parte da estratégia da vida para nossa evolução.
Pensando bem, foi quando estava só que eu tive os grandes momentos de inspiração, tomei as principais decisões de minha vida, cheguei mais fundo na análise de minhas angústias, experimentei o prazer de minhas certezas. É quando estou só que a leitura faz mais efeito e a escrita flui com naturalidade. Sozinho, percebo que a música está tentando me fazer companhia. Foi na imensa solidão de meu pequeno quarto de adolescente que decidi que iria dedicar-me a algo que envolvesse a alma humana.
Amo imensamente minha mulher, tenho uma família em que os membros se apóiam e se curtem, possuo uma legião de amigos alegres e disponíveis. Sou dessas pessoas privilegiadas que podem se dar ao luxo de estar com alguém em todas as ocasiões. Mesmo assim, preciso da solidão, da aloneness redentora. É claro que a solidão seria imensamente angustiante se não tivéssemos o poder de interrompê- la buscando a companhia de alguém. Pois, da mesma maneira, a convivência com pessoas também seria uma maneira certa de produzir angústia, não fosse a possibilidade de ficarmos a sós, oportunamente.
A escritora Lya Luft poetizou que “a solidão é um campo tão vasto que não deve ser atravessado a sós”. Pois quando li esse pensamento pela primeira vez, eu me dei conta do valor de tal campo. Tenho o hábito de me lembrar das pessoas que amo quando estou vivenciando um momento de grande prazer ou felicidade. Não consigo, por exemplo, não pensar em minha Lu, a companheira de sempre, quando um pôr-dosol se descortina inadvertidamente diante de meus olhos. Pois é o que sinto quando estou em um momento de extrema paz comigo mesmo. Está tão perfeito este momento que eu adoraria reparti-lo com quem amo.
Só então me dou conta do contrasenso da situação. Em minha solidão só caibo eu. Ou melhor, eu e meus sonhos. Aqueles dos quais fazem parte tantas outras pessoas, sem as quais a vida não teria sentido. Mas o momento de sonhar é um momento de concha, de casulo um momento de estar só. Sim, pois até o sonho que se sonha junto, como queria Raul Seixas, começa com um sonho que se sonha só.
O paradoxo da solidão é que ela nos prepara para a convivência. Estar só é promover a recarga para estar junto. Sim, pois, ao conviver plenamente consigo mesmo, um homem aprende que precisa do outro para ser completo. Uma vez que somos anjos de uma asa só, e só voamos em conjunto, precisamos, antes, cuidar de nossa asa. Assim faremos nossa parte. A parte em que nos doamos por inteiro, porque inteiros estamos.
Eugenio Mussak é educador e escritor. E este artigo foi garimpado na Revista Vida Simples. Se tiverem um tempinho leiam a revista porque é excelente!
Achei bárbaro este texto do Eugêncio Mussak! Me identifiquei porque eu definitivamente adoro ficar sozinha e curto muito um momento "aloneness". Eu só não sabia que existia essa linda palavra que nomeia bem o que eu sinto. Amo meu namorado e a companhia familiar e de amigos mas não troco por nada ir numa boa banca e comprar várias revistas interessantes, catar um bom livro, pegar uma chicrona de café, colocar um pãozinho na torradeira e levar tudo pra cima da minha cama e ficar namorando meu quarto e minhas coisas. Tudo isso com uma musiquinha ao fundo ou mesmo o som do silêncio.
Dedico este artigo aos que sofrem de "loneliness" e também, claro, aos que estão agora sozinhos em frente ao computador e bem confortavelmente preenchidos de si mesmos.
beijos em todos!
Julia :)
segunda-feira, abril 14, 2008
31. O nascimento de uma nação (Griffth);
32. Apocalypse now (Coppola);
33. Era uma vez no oeste (Leone);
34. Assim caminha a humanidade (Stevens);
35. Psicose (Hitchcock);
36. A paixão de Joana d'Arc (Dreyer);
37. Touro indomável (Scorsese);
38. Olímpia (Riefenstahl);
39. Relíquia macabra (Huston);
40. Deus e o diabo na terra do sol (Glauber Rocha).
41. Dr. Fantástico (Kubrick);
42. Roma, cidade aberta (Rossellini);
43. A doce vida (Fellini);
44. Chinatown (Polanski);
45. A felicidade não se compra (Capra);
46. E o vento levou (Fleming & outros);
47. Tempos modernos (Chaplin);
48. A um passo da eternidade (Zinnemann);
49. O sacrifício (Tarkóvski);
50. Laranja mecânica (Kubrick).
51. A General (Keaton & Bruckman);
52. O homem-elefante (Lynch);
53. O mágico de Oz (Fleming);
54. Querelle (Fassbinder);
55. A primeira noite de um homem (Nichols);
56. Morte em Veneza (Visconti);
57. A última sessão de cinema (Bogdanovich);
58. Os bons companheiros (Scorsese);
59. Blade Runner - O caçador de andróides (Scott);
60. A malvada (Mankiewicz).
61. Nosferatu, o vampiro (Murnau);
62. O último tango em Paris (Bertolucci);
63. Ladrões de bicicleta (De Sica);
64. Asas do desejo (Wenders);
65. Pulp fiction (Tarantino);
66. Repulsa ao sexo (Polanski);
67. Crimes e pecados (Allen);
68. Uma rua chamada pecado (Kazan);
69. Butch Cassidy (Hill);
70. Os imperdoáveis.
71. Patton - Rebelde ou herói (Schaffner);
72. Tudo sobre minha mãe (Almodóvar);
73. Um lugar ao sol (Stevens);
74. Um estranho no ninho (Forman);
75. Amor à flor da pele (Kar-wai);
76. Hiroshima, meu amor (Resnais);
77. Kaos (Taviani);
78. Brazil - o filme (Gilliam);
79. Quanto mais quente melhor (Wilder);
80. Cidade de Deus (Fernando Meirelles).
81. Os homens preferem as loiras (Hawks);
82. Um cão andaluz (Buñuel);
83. Los Angeles - Cidade proibida (Hanson);
84. Pixote - A lei do mais fraco (Babenco);
85. Ben-Hur (Wyler);
86. Fantasia (Produção Disney);
87. Sem destino (Hopper);
88. Dogville (Von Trier);
89. O império dos sentidos (Oshima);
90. Um convidado bem trapalhão (Edwards).
91. A lista de Schindler (Spielberg);
92. Guerra nas estrelas (Wajda);
93. O pântano (Martel);
94. Cabaré (Fosse);
95. Operação França (Friedkin);
96. King Kong (Cooper & Schoedsack);
97. As invasões bárbaras (Arcand);
98. Fargo (Coen);
99. MASH (Altman);
100.Lavoura arcaica (Luiz Fernando Carvalho).
02 - O PODEROSO CHEFÃO (1972)
03 – SINDICATO E LADRÕES (1954)
04 - UM CORPO QUE CAI (1958)
05 – CASABLANCA (1942)
06 – OITO E MEIO (1963)
07 – LAWRENCE DA ARÁBIA (1965)
08 – A REGRA DO JOGO (1939)
09 – O ENCOURAÇADO POTEMKIN (1925)
10 – RASTROS DE ÓDIO (1956)
11 - CANTANDO NA CHUVA (1956)
12 – CREPÚSCULO DOS DEUSES (1950)
13 – PERSONA (1966)
14 – O MENSAGEIRO DO DIABO (1955)
15 - 2001 – UMA ODISSÉIA NO ESPAÇO (1968)
16 – OS SETE SAMURAIS (1954)
17 – O LEOPARDO (1963)
18 – TAXI DRIVER (1976)
19 – ERA UMA VEZ EM TÓQUIO (1953)
20 – FITZCARRALDO (1982)
21 - ACOSSADO (1959)
22 – JULES E JIM (1962)
23 – O CONFORMISTA (1970)
24 – EM BUSCA DO OURO (1925)
25 – METRÓPOLIS (1926)
26 – O SÉTIMO SELO (1956)
27 – A AVENTURA (1960)
28 – AMARCORD (1973)
29 – VIRIDIANA (1961)
30 – NOIVO NEURÓTICO, NOIVA NERVOSA (1977)
domingo, abril 13, 2008
SALVE O CINEMA!!!!
Eu amo o cinema! Em casa ou na grande tela eu acho um grande barato ver o mundo através daquelas imagens, muitas vezes ricas de significados. Adoro ver cada minúcia da interpretação dos atores e embarco feliz nas tramas dos filmes.
Fiquei com vontade de comentar este assunto porque ontem não resisti e comprei a edição especial da Revista Bravo com os 100 filmes essenciais e me senti feliz em ver que na lista elaborada por jornalistas cultos e sensíveis tem vários que são filmes da minha vida! Dá uma sensação muito boa de pertencimento que filmes "meus filmes essenciais" são essenciais também para gente culta, como os caras da Bravo! Vou citar alguns dos títulos: "O mágico de Oz" (o clássico de Victor Fleming com a Judy Garland), "Blade Runner-o caçador de andróides" e "O último tango em Paris", este último é o mais sensual de todos os tempos. Tem também outros como "Dogville" com a Nicole Kidman, que é muito bom. Não está entre os meus preferidos, mas acho sim, que é essencial assistir.
Grande parte do que a gente é se deve não só às nossas particularidades mas também muito à bagagem cultural de quem nos cerca. Somos os filmes que a gente assiste, os livros que a gente lê, as músicas que a gente ouve...
Até hoje meus pais sempre me dão ótimas dicas de filmes e livros e de novidades na área da música. Meu pai curte mais ler, minha mãe curte mais música e os dois amam a sétima arte. Me sinto privilegiada por ter tão boas referências em casa. Meu pai lê muito. Se eu conseguir ler um terço do que ele lê anualmente já fico feliz.
Meus pais assistiram 92 dos 100 essenciais e eu apenas 17. Hoje, segunda-feira com folga do trabalho, daqui a pouco saio rumo a locadora e vou escolher 2 filmes da lista para alimentar um pouco a alma e o espírito e ampliar os horizontes do meu repertório.
Em seguida vou postar a lista dos 100 para que vocês possam ter acesso!
Beijos a até mais!
quinta-feira, abril 10, 2008
TRANSBORDAMENTO DE FELICIDADE: MINHA ESTRÉIA NO TEATRO MUSICAL COM "A NOVIÇA REBELDE"
Gente! Estou extremamente feliz porque após anos cantando por aí, fazendo aulas de canto e shows aqui e acolá, além de cursos de teatro vida à fora... tchan tchan tchan!!!!
Em novembro do ano passado fui selecionada entre muita gente talentosa para integrar o elenco do MUSICAL "A NOVIÇA REBELDE" dos maravilhosos Cláudio Botelho e Charles Moeller.
Quem me conhece sabe o quanto isso é importante para minha vida. Desde janeiro entre ensaios muito prazerosos, tenho aprendido muito com todos da "família Von Trapp" e tenho feito o que sei fazer melhor na vida, que é cantar e representar!!!!!!!!!!!!!!
Já tinha feito outros testes por aí nos quais não fui bem sucedida. Tudo tem seu tempo para acontecer. Eu passei dessa vez, porque agora sim estou preparada. Não só do ponto de vista técnico, mas também e principalmente por conta de alguma maturidade emocional, adquirida ao longo do tempo de de muitos tropeços. Passei porque me permiti passar.
Semanas antes de fazer o teste, me preparando muito, aos trancos e barrancos, com mil adversidades, enfurnada em um escritório ( meu ganha pão na época) eu tive uma conversa decisiva comigo mesma:
_ Você vai cantar muito bem, como nós duas sabemos que você é capaz.
_ Ai, será que sou capaz mesmo? Será que vou me sair bem?
_ Não acredito que você está me dando esta resposta. Assim você já começa a me sabotar! É assim que você começa a destruir nosso sonho! Treinei tanto esses anos todos! E agora você vem me perguntar "será que vou me sair bem?" Pode parar por aí!
_ Você tem razão... mas ainda sim estou com medo...muito medo...
_ Vamos lá, eu também tenho um pouco de medo, mas eu sinto que agora é a minha vez. Não aguento mais não ser quem eu sou verdadeiramente. Eu sou artista, você sabe... nasci pra cantar, pro teatro! E teatro musical é a síntese do que quero fazer. Aquele gôsto muito especial pela Sessão da Tarde desde que me entendo por gente, e todos os musicais que vi, sempre fizeram mais sentido do que tudo, embora não parecesse algo real para minha vida. Mas agora pode ser muito real. Ouça bem, só pode ser pra valer se você não nos sabotar. Faremos este teste e eu vou cantar muito bem , com toda entrega e emoção. Posso até não ser escolhida, mas faço questão de me sair muito bem para ficar em paz com nós duas, tá?
_ Ai, ai, tá... vou confiar em você mas continuo com medo. O que eu faço na hora do teste?? Vou ficar muito nervosa!!!! E seu fraquejar?? E se errar??
_ É só você ficar quieta. O teste é daqui a duas semanas. Entenda, não te quero mal, mas como você me atrapalha eu queria te pedir pra ficar sem falar comigo só nessas duas semanas que antecedem nosso teste, pode ser?
_ Pode... nossa... nunca vi você tão segura e confiante...eu sei que eu faço tudo pra te atrapalhar mas tenho que reconhecer que meu medo e minha consequente vontade de estragar tudo estão ficando cada vez menores diante do seu poder. Aliás, você fica linda quando está assim tão decidida.
_ Eu sei. Talento eu acho que não nos falta. E o que faltava eu consegui alcançar nos últimos anos: CORAGEM. Pela primeira vez eu tenho coragem de passar em um teste. Coragem significa pôr o coração na ação. E meu coração esteve a minha vida inteira dentro daquele palco no dia da audição. This is the time of my life, entende? Alô? Cãmbio? Você está aí? Já deve ter se recolhido... até daqui a duas semanas, pequena sabotadora interna...
ESTRÉIA DIA 16 DE MAIO NO TEATRO OI CASAGRANDE NO LEBLON!!!!!!!!
INGRESSOS A VENDA A PARTIR DE SÁBADO, 12 DE ABRIL NO http://www.ticketronics.com.br/, NÃO PERCAM!!! FICAREMOS POR 6 MESES EM CARTAZ! ESTOU MUITO FELIZ!!!!! O ELENCO É MARAVILHOSO E PEÇA ESTÁ FICANDO REALMENTE LINDA!!!!!
GRAVAMOS O CD DA PEÇA QUE ESTÁ À VENDA NA LIVRARIA SARAIVA!!!!
O BLOG DA NOVIÇA: http://anovicarebelde.blogspot.com/
quarta-feira, abril 09, 2008
O que somos nós? Seríamos loucas? Uma "montanha russa emocional"? Rainhas do "mood swing"? Avariadas? Descompensadas? Não, não rapaz... você não entendeu... somos mulheres.
E não me venha com esse papo clichê que "mulheres são para serem amadas e não compreendidas" porque o que queremos mesmo é que nos compreendam para nos sentirmos ainda mais amadas.
Ai, as bolhas de sabão... amo!
Beijos apertados e até a próxima.
segunda-feira, abril 07, 2008
Faz de conta que você é um trapezista e que está numa plataforma a 20 metros de altura esperando sua vez de se lançar no espaço vazio. Você se preparou, fez vários treinos com e sem rede e sabe que pode contar com seus companheiros que estão ali do outro lado. Naquele centésimo de segundo antes de se jogar, tudo o que você precisa fazer é encher o peito de confiança: em si mesmo e, principalmente, é claro, nos outros. Você inspira fundo, toma impulso e vai como se fosse possível voar sem asas e desafiar a lei da gravidade para sempre naquele curto espaço de tempo. E, quando inexoravelmente começa a cair, alguém pega com vontade nos seus pulsos e o traz de volta para aquela coreografia impossível e bela sob o céu colorido de um picadeiro.
Uma das cenas mais bonitas entre pais filhos é ver uma criancinha correr de braços abertos em direção a seu pai ou sua mãe para se jogar neles com a maior felicidade. Ela sabe que vai ser amparada e acolhida com segurança e amor e por isso não tem a menor dúvida. Isto é, ela tem total confiança na vida. E o que faz alguém se lançar no mundo com essa mesma coragem, determinação e alegria é a tal confiança.
A própria palavra confiança tem em si mesma o segredo de como ela nos dá essa força que nos permite ultrapassar nossos próprios limites e medos para acreditar na begnidade da existência. Confiar vem do latim con fides, isto é, com fé. A confiança, portanto, é uma questão de fé. A gente pensa que a fé pertence ao universo da religião, que está apartada da vida comum, mas isso não é verdade. É a fé que nos preenche o coração na hora de nos atirarmos num projeto, nos entregarmos em relacionamentos, perseguirmos um objetivo. Não se pode saborear plenamente a vida sem fé. Ela é nosso mais poderoso catalisador de energias.
E fé é muito mais que crença ou dedução de um raciocínio lógico. Ela é incondicional. Isto, é não depende de conclusões, lógicas, probabilidades, previsões. Muitas vezes, até, ela vai exatamente em direção oposta ao que tem chance de dar certo. A fé, basicamente, é um exercício dinâmico de coragem. E coragem, como o próprio nome diz, é ter o coração na ação. Quando colocamos o coração naquilo que fazemos, somos impulsionados pela fé, pela confiança. Ultrapassamos assim uma série de bloqueios e obstáculos, internos e externos, com resultados impossíveis de serem atingidos sem sua presença.
Por isso a confiança é tão poderosa. Dezenas de pesquisas mostram que a fé é decisiva para a manutenção da saúde, por exemplo. Pode ser tanto a fé em Deus quando a fé na vida, num sonho, num projeto. Mas ela é fundamental para nossa saúde física e psíquica.
Então a próxima pergunta é: se a confiança na vida é tão importante, por que não nos atiramos de peito aberto de uma vez por todas?
A pessoa que confia está a léguas de distância daquele otimista insuportável que sempre acha que tudo vai dar certo. O otimista de carteirinha parece que está inchado, inflado como uma bola de gás. Tudo nele tem um ar forçado, artificial. O otimista quer que as coisas dêem certo, custe o que custar. Já a pessoa confiante exala naturalidade, graça, leveza. Ela não é obsessiva.
Então é isso: quem confia se sente seguro e tem fé na vida, não importando o que vai acontecer. Prepara-se, física e psicologicamente, tem ajuda ou pede por ela, treina muito e como Zorba, o grego (do clássico do cinema), depois do baque inicial, é até capaz de dançar com um sorriso sobre o próprio fracasso. Sinceramente, talvez você e eu ainda não tenhamos chegado a esse ponto verdadeiramente invejável. Mas tenho certeza de que, com um pouco de prática, entrega e abertura, ainda chegará o dia em que finalmente teremos coragem de chegar à pontinha da plataforma do trapézio, contemplar o ambiente e nos atirarmos. Com muito mais confiança.
Adorei este artigo da Liane Alves da revista VIDA SIMPLES deste mês (abril de 2008). A revista é ótima, indico! Bom voltar a postar escritos por aqui! Muitos escritos dos outros, alguns meus... e seguimos o caminho.