sábado, fevereiro 21, 2009


BLOG MANEIRO!


Olha que bacana! Hoje tive a surpresa de ver em meu blog, que a Clarisse Pereira, amiga de longa data e também blogueira como todos aqui nessas terras virtuais, me indicou o selo "Olha que blog maneiro". Eu amei! Achei essa categoria divertida e despretensiosa. Acho que é isso mesmo que eu digo quando gosto do blog de alguém: "Olha só! Muito maneiro!"

Muito obrigada Cla! A Clarisse é a mulher mais cosmopolita de todos os tempos!

O blog dela é o super maneiro Clabrazil nas Zuropas

Procurei no blog da Cla e nos premiados anteriores mas não achei os critérios do que é ser maneiro. Mas todo mundo sabe, né? Maneiro é maneiro e mané é mané.


Quem recebe tem obrigações também. Lá vão as regras:

-> Exibir a imagem “olha que blog maneiro”;
-> Exibir o link do blog que te indicou;
-> Indicar 10 blogs de minha preferência;
-> Avisar os indicados;
-> Publicar as regras;
-> Conferir se os blogs indicados repassaram o selo e as regras

Blogs que indico:

Minha lista tem 7 blogs mas espero chegar aos 10! Cada hora me lembro de blogs que adoro e que esqueci de botar! Beijos, blogueiras!


- Entretantas, eu

-Comendo borboletas azuis

-Dani Faxina

-Confissões ácidas

- Nós mulheres

- Haute intimité

-Casinha de Mariah

domingo, fevereiro 08, 2009

Fluvia Lacerda: a Gisele Bunchen plus size!

Ela é poderosíssima! Confiram a entrevista!



Fluvia Lacerda  modelo plus size


"Muitas mulheres tentam entrar numa calça número 40 quando vestem 46"

Chamada de "a Gisele Bündchen tamanho 48", ela trabalhou como babá, faxineira e garçonete nos Estados Unidos antes de se tornar uma das modelos de publicidade mais bem pagas do segmento plus size, especializado em moda para gordinhas. A carioca Fluvia, 28 anos, falou por telefone ao repórter Kalleo Coura de Nova Jersey, onde vive com o marido, australiano, e a filha de 8 anos.

Uma modelo plus size pode comer chocolate sempre que quiser?
Se eu tiver vontade, como uma barra de chocolate. Mas ser modelo plus size não significa que você pode ficar sentada no sofá e comer o dia inteiro. O mercado exige que a gente esteja com os músculos durinhos, sem um barrigão flácido. Eu ando de bicicleta em Manhattan e malho de três a cinco vezes por semana. No fim de uma aula de spinning, saio cansada como quem foi para a guerra. Mas me sinto ótima.

Como é a sua alimentação?
Sou meio natureba, preocupada com aditivos químicos. Então, tento comprar só comida orgânica. Não como hambúrguer nem batata frita e fujo de todos os alimentos industrializados. Também evito comida gordurosa e bebo no mínimo 2 litros de água para manter a pele saudável.

Já quis ser magra?
Honestamente, isso nunca passou pela minha cabeça. Não acho que magreza esteja nem de longe relacionada a beleza ou felicidade. Minhas tias e primas são todas obcecadas por cirurgia plástica – elas me diziam que, se eu emagrecesse, ficaria linda. Mas nunca fiz dieta. Quem consegue viver à base de alface e uvas tendo de trabalhar e cuidar dos filhos? Quando morava em Natal, ia de biquíni à praia sem nenhum problema. Modéstia à parte, sempre me achei bonita e saudável.

Dizem que você é "a Gisele Bündchen gordinha". O que acha da comparação?
Fazem essa brincadeira pelo fato de eu ser brasileira e mostrar um lado sexy nas fotos. Os clientes me comparam não apenas a Gisele, mas também a Adriana Lima. Acho engraçado e me sinto muito honrada porque as duas são lindas. A mulher brasileira tem esse jeito mais sexy mesmo, seja ela gordinha ou não, e isso já abriu muitas portas para mim aqui.

Você se acha sexy?
No dia-a-dia, me vejo como mãe e esposa. Até porque não saio por aí toda maquiada e fazendo biquinho. Quando sou fotografada, é diferente. É o meu momento: trago para a fotografia aquilo que o cliente deseja. Autoconfiança e amor-próprio são atributos essenciais para ser atraente.

Que tipo de roupa valoriza as cheinhas?
Algumas gordinhas estão sempre de preto da cabeça aos pés. Usar uma peça diferente para complementar o pretinho básico não mata. Eu, por exemplo, adoro parecer feminina, usar um vestido estampado ou de cor mais viva.

E que roupas uma gordinha deve evitar?
Qualquer roupa de tamanho menor. Muitas mulheres tentam entrar numa calça número 40 quando vestem 46. Não sei se é porque não encontram o tamanho certo ou porque querem se encaixar num padrão ao qual não pertencem. Roupa apertada é muito feio e deselegante.

Você está rica?
Posso dizer que, financeiramente, minha vida melhorou muito. Antes de ser modelo, ganhava o suficiente para sobreviver. Hoje, tenho um apartamento dúplex em frente ao Rio Hudson e uma casa de férias no México.

Quantos quilos você pesa?
Não sei. Eu nunca me peso.


De uma olhada no site dela!

http://www.fluvialacerda.com/album0.html

quarta-feira, fevereiro 04, 2009

NOTAS PARA O MEU CORPO SOBRE COMO EU ME SINTO OU "NOTE TO SELF"


Nosotros Somos El Jardín: agosto 2007


Eu me sinto linda com relação a você. Às vezes saio de casa de vestido rosa pra marcar minhas formas, toda no melhor momento "sequerência". Também quero ser mais magra, mas isso não faz com que eu não te ame, mesmo com um bumbum grande e chamativo, mesmo com ancas avantajadas. Acho bonito e divertido ser quem eu sou e você, meu corpo, está intrinsecamente envolvido nisso.

Aliás, penso que até pra mudar nesses quesitos corporais, como emagrecer, cortar o cabelo, comprar uma roupa nova. Acho que a gente tem que estar se amando pra vida ser boa.

barbie (Photo Courtesy of Mattel)

Ouro dia me toquei que dizer a você, corpo, a expressão "não pode" é a chave da minha neurose pra eu querer mergulhar no saco de pães justo porque é uma delícia (neurótica) burlar as leis que eu mesma me impus. Quando eu quero comer saudavelmente eu consigo, mas isso só rola quando eu quero realmente, e não quando quero brincar com você e usar você como acessório da minha maluquice.

Eu posso o que eu quiser, desde que saiba o que quero. Não é isso, corpo? Mas também quero poder não saber e ficarmos de bem. Razoalvmente de bem em nossa confusão do bem.


https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjgdLG840m1Z-iPvqXa2T0iHt5dLn2EAk_CRHXreKkLvfknIJxqkAzu6CLpnVV_hcgsvs7JBEn5Tu9rGgUpjXHP6w3D5_7iuZtouqkm78TJPULcXx8TTFxXSnGv67vTv0fZC106gA/s400/4f0193_Hilda.jpg

Eu não quero ser uma Barbie porque acho ela muito certinha e careta e eu não sou assim. O que gosto nela é o glamour, o brilho, a beleza ( que não passa em nenhum momento pela magreza da boneca). Acho lindo ela ser fashion, ser camaleônica. Pra mim a Barbie é meio Madonna. Ela pode o que quiser. Eu tinha umas barbies roqueiras aos 9 anos e chamava elas de minhas barbies putas. Elas usavam umas roupas meio putinhas mesmo, mas eu falava isso com o maior carinho e sem o peso moralista da palavra "puta".

Eu adoro as imperfeições. Meu namorado por exemplo pra mim é um tesão. Pra você também corpo, eu sinto. Como eu sinto.... aff... você sabe. E ele é um cara gordinho e totalmente fora dos padrões. Eu e você temos tesão em uma beleza suja, com uma barriga aqui, uma barba mal feita acolá. Jamais te colocaria um mauricinho certinho engomadinho. Deus nos livre, prezado corpo!

Eu admiro muito a beleza feminina também. Acho lindo as formas diferentes de ser. Seja magra, gorda, morena, ruiva, lisa, encaracolada, negra, branca... acho que o barato é a diferença.

Eu continuo sempre na busca de emagrecer um pouco, mas de forma saudável, sem ficar obssecada, sem dietas malucas (não mais! é muita estupidez).

Eu acho lindo ter bunda, não ter bunda. Ser loira, ser morena. Ser gordo, ser magro, muito peito, pouco peito. Mais extrovertido, menos...

http://img0.liveinternet.ru/images/attach/c/0/33/801/33801297_Jeanne_Lorioz_Le_Vetement_BlancBBW.jpg


Eu acho bacana amar e admirar os outros como eles são, e respeitar as diferenças. Eu penso muito parecido com uma pessoa que eu adoro e admiro muito. A Patrícia Morgado. Quero olhar pra uma salada com a mesma naturalidade que olho pra um sundae, sem me cobrar ou me martirizar por isso. Quero ser eu de forma confortável, sem ser julgada. Quero poder querer ser meio Barbie, meio Hilda (a gordinha dos desenhos) e um dia ou outro ver uma foto da Carolina Dieckman e querer ser que nem ela também. Tudo ao mesmo tempo agora. Eu acho todas lindas e todas tem uma beleza rica que de alguma forma quero pra mim.

Ainda estou na busca de qual é a minha. Mas não queria que minha relação com você, corpo querido, com todas as minhas ambivalências, confusões e contradições, fosse motivo, nunca, de malentendidos com pessoas que prezo e que amo.

Sou meio Barbie, meio Hilda, meio bem humorada e muito mal-humorada à vezes. Quero ser às vezes mais gorda, às vezes mais magra. Quero ser gulosa e quero ser comedida. Quero agitação e quero calmaria. Quero ser amada e quero ser aceita em todas as minhas facetas.

I think I can handle you, dear body. Mas peço desculpas à você, que é minha casa, por várias vezes passar por cima de você, te expondo a ir atrás de quem não te quis. Seja para quem não quis o seu abraço ou pra quem não quis só sentar com você pra ver o mar ou pra tomar um café.
I'm really, really, really sorry. Sinto mágoa por ter talvez te amado pouco nas minhas buscas por pessoas que não querem você, e em última instância não querem a mim, posto que somos um só. Acho que nesses momentos de rastejamento, fosse pra um homem que me rejeitou ou pra algum amigo (a), eu não respeitei o seu (nosso) resguardo. Não te cuidei, não te protegi como você merecia. Imperdoável. Que merda...